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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

OS BRICs


Os BRICs, acrônimo criado pelo economista do Goldman Sachs Jim O'Neill para designar o grupo de países composto por Brasil, Rússia, Índia e China, são considerados como os expoentes dos países em desenvolvimento. A razão disso está no porte dessas quatro nações.
Com população em torno de 2,8 bilhões de habitantes (45% da população mundial), Produto Interno Bruto (PIB) por volta de US$ 8 trilhões (13% do PIB mundial) e uma área de 38 milhões quilômetros quadrados (25% da área do planeta), os BRICs já possuem um peso significativo no quadro econômico mundial. No entanto, conforme projeção de O'Neill, é o ritmo de crescimento econômico desses países que deve ser levado em conta. Tal projeção indica que, em 2050, eles, em bloco, terão PIB superior ao dos Estados Unidos, da União Europeia e, inclusive, do G6 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália).
Muitos, porém, não acreditam que estes países venham a formar um bloco econômico coeso.


As diferenças entre os BRICs:


 A China ainda vive sob um sistema político ditatorial.
A Rússia, embora permita a disputa eleitoral, está muito longe de ser considerada uma democracia.
A Índia, embora democrática, tem grandes problemas de disputa territorial com vizinhos e contínua tensão entre os grupos étnicos que formam sua população.
O Brasil é o mais avançado institucionalmente. Temos um sistema democrático moderno e consolidado, que passou pelo período de transição demográfica, com migração do campo para a zona urbana e estabilização do crescimento demográfico. Além do mais, o Brasil não enfrenta problemas políticos com vizinhos e conta com grande harmonia linguística, cultural, étnica e religiosa.
No entanto, os quatro países não conseguiram firmar nenhum documento importante, a não ser a própria vontade de realizar reuniões periódicas.
Com ou sem a consolidação do BRIC, o Brasil passa ter maior importância nas decisões mundiais. Dono da maior reserva hídrica, da maior área agriculturável e da mais completa biodiversidade do mundo, o Brasil, contando com uma economia diversificada e uma estrutura institucional avançada, tem condições de assumir um papel muito mais ativo no cenário mundial. Porém, isso vai depender da sua disponibilidade no nível de investimento nos próximos anos, além da viabilização de um projeto de inovação focado na área de ciência e tecnologia.


Oséias Alves
05/10/2009


Fonte: Brasil Escola




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